29 de jul. de 2009

Chefões podem voltar


Sete perigosos chefões do tráfico podem voltar ao estado em breve. Ontem, para impedir que três deles desembarcassem no aeroporto Santos Dumont e fossem levados para Bangu 1, no Complexo de Gericinó, a Justiça do Rio teve que recorrer a manobra de última hora. No início da noite, o presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, anunciou que o juiz Rafael Estrela, da Vara de Execuções Penais, determinou que fosse impedida a presença dos presos no Rio. O documento foi enviado por fax ao governador Sérgio Cabral.
A medida serve para o estado ganhar tempo e recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para cassar a decisão da Justiça do Paraná, que tinha determinado o retorno à cidade de Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor; e Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira.
A alegação é de que Isaías e My Thor agora têm direito a progressão de regime. Ou seja, de fechado para aberto. Já Fu da Mineira cumpriu parte da pena. Eles estavam em Catanduvas desde janeiro de 2007. Ontem, My Thor, Fu da Mineira e Isaías do Borel embarcaram para o Rio, mas foram mandados de volta.
Pela decisão dos juízes do Paraná, Cláudio José Fontarigo, o Claudinho da Mineira, deve retornar ao Rio em 28 de setembro. Mário José Guimarães, o Tchaca; Márcio Cândido da Silva, o Porca Russa; e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; podem pintar no estado em dezembro.
A decisão irritou o governador. "Tráfico de drogas é crime federal. Se existe presídio federal de segurança máxima, ele serve para isso", protestou Cabral.

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