25 de ago. de 2009

Ameaça de arrastao no centro de Duque de Caxias




O comércio do Centro de Duque de Caxias parou de funcionar ontem em luto forçado pela morte do traficante João Soares de Lima Filho, o Joãozinho, que chefiava a venda de drogas da Favela Vila Ideal. A ameaça de arrastão - que acabou não acontecendo - levou lojistas a arriar as portas às pressas.
"Passou por aqui um grupo de pivetes dizendo que a ordem é fechar tudo", contou um funcionário de uma autoescola na Avenida Presidente Kennedy.


O pânico começou com a passagem do cortejo do traficante - que era aliado de Charles do Lixão e Fernandinho Beira-Mar, chefões do CV - pela Presidente Kennedy em direção ao Cemitério Corte Oito. Cerca de 80 moradores da Vila Ideal cantavam músicas como 'ei, ei, ei, Joãozinho é nosso rei' enquanto escolas, bancos, shopping, loja, o Mercado Popular e até o Restaurante Popular fechavam as portas.


Mesmo o policiamento ostensivo do 15º BPM (Caxias) não impediu que a região, que concentra cerca de 3.200 estabelecimentos comerciais em 14 ruas, ficasse deserta - cerca de 90% das lojas ficaram fechadas por três horas. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Caxias, Getúlio Gonçalves, avaliou o prejuízo em cerca de R$ 500 mil. "Ninguém quer pagar para ver o que acontece, mesmo com a polícia garantindo que havia segurança", disse Getúlio.

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